terça-feira, 8 de maio de 2012

Relato do Encontro em 16/04/2012

 O grupo mostrou-se (felizmente) bastante diversificado, formado por representantes de ONG's, familiares, profissionais e afins, o que possibilitou a abertura de espaço para vários temas e abordagens, que podem ser utilizadas como reflexões nos próximos encontros, organizando-se o tempo, afim de serem mais aprofundados.

1- na fala do Fernando e da Ana Lúcia, foram descritas as intensas experiências em
Comunidades do Camphill Movement há alguns anos atrás e as mudanças para os dias atuais no que se refere ao envolvimento dos colaboradores e das questões trabalhistas;
2- foi colocado que a terminologia utilizada para as questões de Moradia, hoje é
"residência inclusiva";
3- foi esclarecido que nas colocações feitas, deve haver o foco nas diferentes culturas
que envolvem o tema de moradia, sem outros tipos de julgamento;
4- alguns dos presentes, já estão iniciando uma Moradia, um movimento para
proporcionar esta prestação de serviços;
5- fala comum, de todos os presentes, é a questão da demanda deste serviço, como parte da principal preocupação dos pais, que se perguntam o que será de seu filho(a) quando vierem a falecer;
6- alguns dos presentes, destacaram seu envolvimento com a discussão deste tema para gerar políticas públicas e efetivar os direitos da pessoa com deficiência; esta questão é abrangente e diz respeito também ao apoio às famílias e às questões de gênero, visto que são geralmente as mulheres que assumem os cuidados dos que necessitam cuidados especiais;
7- destacou-se que a atual definição para pessoa com deficiência, para fins de Direito,  é aquela aprovada na Convenção da ONU (2006) e que consta na Constituicão Federal do Brasil;
8- uma das grandes preocupações dos presentes, é a questão do envelhecimento
precoce dos que necessitam cuidados especiais, que leva a adaptações das equipes de cuidadores e dos espaços;
9-na apresentacão da Eliane, Coordenadora da Ápice, foi descrita a forma de organização deste espaço de moradia, destacando-se as questões de manutenção da equipe, da administração geral, das atividades e questões de relacionamento entre essas pessoas. Foi destacada a importância das parcerias com a comunidade em geral, como forma de ampliar oportunidades;
10-uma das
reflexões propostas e que também representa uma preocupação do grupo quando tratamos deste tema, é que as moradias não sejam (ou se tornem) espaços de reclusão ou de segregação, por adquirirem um caráter de muita proteção;
11- Lucinha, Coordenadora da Carpe Diem vai trazer
, no próximo encontro, exemplares do Manual de Acessibilidade elaborado pelos alunos e também contar sua experiência ao visitar os Kibbutzim em Israel.

Próximo encontro: Segunda-feira 14.05.2012 - 17h30.
Instituto Casa do Sol, 
R. Gabriele D´Annunzio, 197.  (esquina com R. Princesa Isabel)
 

Convidar pessoas que se interessem e que possam contribuir com sugestões, 
ideias e opiniões. (Sinta-se livre para repassar esta mensagem)
 
Trazer salgados e/ou doces para nossa confratenização e um suco não alcoólico.
Confirmar presença com Fernando (011) 7288 4858. 

2 comentários:

  1. Olá Fernando, Fiquei muito feliz em saber destas iniciativas aqui no Brasil. Tive a oportunidade de participar como voluntária (co-worker) no movimento camphill, em Sturts Farm, no Sul da Inglaterra, cujo administrador era Markus Konig, neto do fundador do movimento. Essa comunidade focava a residência inclusiva de adultos com necessidades especiais. Também contribui em Ochil Tower School, na Escócia, uma residência-escola inclusiva em moldes de semi-internato, onde os adolescentes com necessidades especiais, em sua maioria, voltavam para casa nos finais de semana, com alguns casos que vinham só para passar o dia. Tb visitei uma escola na Índia, auxiliada pela ONG para a qual eu estava prestando serviços, o Rainforest Retreat Center. Minha filha mais nova trabalha em Ochil Tower School há 7 anos, completando o oitavo ano. Ela estudou Curative Education na universidade de Aberdeen. Minha outra filha esta com um site virtual cujo foco eh material pedagógico, com uma atenção especial para necessidades especiais. Devido a esse background, começou a passar pela minha cabeça uma vontade de Ver algo semelhante a um camphill no Brasil. anos atras tivemos um na cidade de Campos do Jordão, mas parece que não deu muito certo por questões de diversidade cultural e regras do movimento. Temos algo parecido aqui na Régiao de Botucatu, na fazenda Demetria e no espaço Sao Michael.

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  2. Terminando o comentário anterior, eu gostaria de entrar em contato com essas pessoas citadas no relatório que já estão se movimentando em direção as "moradias assistidas" eu me interesso por esse tipo de prestação de serviço, quem sabe posso contribuir de alguma forma. parabéns pela iniciativa e um abraço a todos!

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